segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Dois meses de Infantário


Passaram-se dois meses e dez dias de infantário, mais precisamente 71 dias de infantário.
Lembro-me como se tivesse sido ontem aquele primeiro, segundo, terceiro, quarto dia de infantário em que me senti a pior mãe do Mundo por deixar a Nônô num sítio em que a única coisa que ela fazia era chorar.
Passaram 71 dias desde que aquele nó na garganta ao saber que “ela tinha dormido mal”, e “não quis almoçar” foi começando a desfazer-se.
Ao fim de duas semanas do infantário ter começado, a Leonor fez a primeira atividade de expressão plástica, mãos cheias de tinta e lá foi ela esborratar uma folha de Outono. Chorou, chorou muito só de tocar na tinta, era mais uma nova experiência num sítio novo com pessoas novas.
Ficou doente. E ainda o está hoje! Sim, é verdade… dois meses doente! Dizem que faz parte não é?
Os dias têm vindo a passar. “Mamã a Leonor hoje já comeu tudo”, “mamã a Leonor hoje dormiu super durante a sesta”, “Mamã hoje a Leonor adorou pintar com as mãos” “Mamã a Nônô está cada vez mais confiante, já quer dar os primeiros passos”…
Todas estas boas notícias acerca da adaptação da Leonor, juntamente com o jornalinho mensal que vou recebendo da salinha dela (onde colocam fotografias de atividades que fazem e do dia a dia deles), em que vejo a Leonor a brincar e sorridente vão sossegando o meu coração.
Fotografia do Jornalinho da Escola - A Leonor a Participar na atividade de Outono!

Já cheguei a deixá-la em pé à porta da sala, mal a porta abre, ela vai dando aqueles passos minúsculos, de quem ainda não está segura daquilo que está a fazer, e, agarrada à porta lá entra sozinha na sala sem olhar para trás.
Hoje, ao fim de 71 dias, a minha filha fez-me adeus quando foi para o colo da Educadora.
E sabem de uma coisa chorei!
Estou assustada com a velocidade a que o tempo está a correr. Estou a vê-la a ficar cada vez mais independente apesar dos seus escassos 14meses de vida!
Fotografia do Jornalinho da escola - Na atividade em que são estimulados em reconhecerem-se ao espelho.
 
Hoje não sei se chorei de alegria por ver que ela já ali fica tão bem, ou se chorei por perceber que ela já passa bem sem mim tantas horas.
A minha bebé está a crescer! Amo-te princesa da mamã.

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